quarta-feira, 13 de julho de 2011

Como as redes sociais auxiliaram nas pesquisas sobre vítimas do acidente da NOAR



Antes mesmo de ter acesso à lista oficial por parte da empresa NOAR com os nomes das dezesseis vítimas do acidente aéreo ocorrido na manhã desta quarta-feira 13 no Recife – vôo Recife-Mossoró - muitas informações já podiam ser colhidas através das redes sociais e de seus atores.

A partir das 10h, os primeiros nomes de vítimas da tragédia já estavam sendo divulgados no Twitter, antes mesmo de um pronunciamento oficial da companhia aérea. O primeiro comunicado da empresa aconteceu por volta das 11h, quatro horas após o acidente, informando que a NOAr estava sensibilizada com a tragédia e que em breve divulgariam um pronunciamento oficial. O Twitter da NoAr (@diarionoar) subiu de 1.465 seguidores para 2.005 seguidores (às 17h25).

Em Mossoró as primeiras informações apontavam para a possibilidade de boa parte dos passageiros de Mossoró no vôo o que aos poucos, foi sendo checado pelos jornalistas utilizando a força das redes sociais.

Nesse caso como em muitos outros que exige uma apuração cuidadosa e uma filtragem das informações reelevantes – inclusive nas redes sociais – o importante é ter acesso a profissionais e fontes que podem ajudar na veracidade das informações colhidas. Da mesma forma a cautela no repasse das informações foi crucial para a realização dessa filtragem.

No Jornal de Fato a equipe de reportagem utilizou todas as possibilidades que as redes sociais ofertavam no momento em que a notícia se espalhava no meio online especialmente o Twitter na garimpagem por informações mais detalhadas sobre as vítimas.

No Twitter na medida em que informações com o nome da empresa foram sendo postadas a Tag #NOAR trazia centenas de opiniões, informações, imagens, vídeos e depoimentos de pessoas sobre o tema ajudando na identificação de possíveis amigos e parentes das vítimas.

Era possível encontrar as mensagens de amigos das vítimas dando informações que poderiam ser checadas no trabalho jornalístico, além de contatos com jornalistas de outros jornais de Recife e João Pessoa que mais próximos de Recife estavam também compartilhando as informações.

Com acesso a alguns nomes e confirmação da morte por parentes e amigos, o caminho seguinte era percorrer redes como Facebook e Orkut a procura de imagens e informações como interesses profissionais, pessoais e sua rotina de postagens além das mensagens que amigos e familiares publicam nas páginas pessoais.

“Na checagem na obtenção de novas informações o Twitter foi a rede social mais reelevante para nós”, afirma o jornalista Esdras Marchezan, chefe de reportagem do Jornal de Fato.

Para quem ainda não leu recomendo este livro: Ferramentas Digitais para Jornalistas (AQUI) que dão informações sobre como trabalhar a apuração de informações no meio virtual

Conheça as apropriações jornalísticas no Twitter:
Feed – (Twitterfeed), bastidores, (sobre o processo de produção das notícias) Alerta (informações utilitárias de serviços diversos)
Cobertura (de acontecimentos e eventos – explora o caráter instantâneo da ferramenta)
Pessoal (feito por jornalistas que compartilham opiniões, ideias)
Notícia curta (mais utilizado pelas empresas de comunicação e acompanham link para site)
Programação (usado para anunciar, divulgar programação de TV ou de outros veículos)
Twitterviews – Entrevistas feitas no Twitter e que odem ser acompanhadas no momento de sua realização.
Misto (variação das opções anteriores).
(Apropriações foram encontradas em pesquisa da jornalista Gabriela Zago

Nenhum comentário:

Postar um comentário