segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Internet das coisas. Você sabe o que é isso?



A Internet como meio para a conexão de pessoas através de sistemas tecnológicos teve diferentes fases: a primeira, a da conexão em si e o acesso à web a partir dos computadores pessoais. Depois, vieram as fases da Internet do e-commerce e, em seguida, das redes sociais e dispositivos móveis. Nos últimos anos, alcançamos uma outra fase: a da Internet das coisas. E você, já ouviu falar disso?

A Internet das coisas é o conjunto dos objetos tecnológicos que utilizamos no nosso dia a dia, com o diferencial de estes poderem “conversar” uns com os outros e tomar decisões para a praticidade da vida. É colocar conexão de Internet, por exemplo, nos aparelhos domésticos, como geladeiras, fogões, TVs, de modo que eles possam colher dados de suas preferências (desde horários para se autoligarem, até preparar o jantar enquanto você chega do trabalho), a partir de comandos que você pode acionar utilizando aplicativos no seu celular ou tablets ou do computador do próprio carro.

Isso já é possível, pois as fabricantes de eletros e eletrônicos e de automóveis possuem instalada em seus produtos a combinação de três tecnologias básicas, que são: a Internet, os sensores que colhem dados e os softwares (chamados de web semântica, pois elas colhem os dados e os interpretam). Juntos, eles geram a Internet das coisas e podem mudar o hábito das pessoas na mobilidade urbana, na rotina doméstica. Várias fabricantes no mundo já estão apostando muito em produtos que possam ser acionados e programados.

O positivo disso, é claro, é a praticidade. Poder contar com equipamentos inteligentes que tornem a rotina e algumas tarefas muito mais estimulantes e ter uma central tecnológica inteligente na sua casa. O lado negativo é o aspecto da segurança. Já vimos, em artigo anterior, que o uso da Internet tem reduzido, e muito, a nossa privacidade, já que, cada vez que acessamos a web, estamos deixando um caminho de dados sobre nossas preferências e rotinas, indicando o lugar de onde falamos, dados estes utilizados pelas empresas como startups que monetizam com as informações que deixamos na Internet. Com os objetos conversando entre si e conectados à net, esses dados também podem ser rastreados. Cada produto possuirá identificação, localização, além de informações detalhadas sobre as escolhas de cada pessoa no mundo, incluindo os alimentos da sua geladeira.

As tecnologias, também podendo se autoprogramar, dão a possibilidade para que os crackers (bandidos virtuais) interfiram nesses dados, podendo fazer que os aparelhos “tomem decisões” complicadas para os usuários, e no ambiente doméstico podem causar danos graves.
Não estamos falando de algo muito distante do hoje. A Internet das coisas já é realidade e está crescendo nas residências brasileiras. A previsão é que até 2020, 38 bilhões de objetos (além de celulares, carros, geladeiras, micro-ondas, lâmpadas, sistemas de segurança doméstica etc.) estejam conectados à Internet. 

É preciso pensar em que nível a conversação entre os produtos tecnológicos, criados com o objetivo de tornar a vida mais prática, pode interferir na vida das pessoas. Por enquanto, todos estamos de olho, acompanhando para ver aonde essa onda toda de tecnologia vai nos levar logo, logo.

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